O ponto fundamental na alfabetização inicial, está baseado na ideia de que os educadores devem se apropriar dos conhecimentos trazidos pela criança. Devem estabelecer comparações da relação grafema que é a escrita propriamente dita com o fonema que é a potencialidade das formas da fala. É muito importante que a criança entenda o processo de alfabetizar, a oralidade deve ser trabalhada tendo em vista a importância da familiarização com as múltiplas alfabetizações. Que vem a ser as formas diferenciadas do mesmo idioma, levando-se em conta regionalismo, dialetos. Falamos a língua portuguesa mas num país com dimensões continentais existem várias nuances deste mesmo idioma, fora os dialetos como no caso do indígena que não pode ser deixado de lado, pois ocorre o risco de haver uma perda de identidade e um aculturação.
A escola deve considerar a cultura da criança e ensinar a língua padrão, o que deve ser considerado são os contextos da fala. Estas múltiplas alfabetizações é exatamente isto, não desconsiderar as formas que a crianças tem de falar, porém não se pode esquecer que a criança precisa ter a consciência de que a fala nem sempre é igual a escrita, a oralidade é de acordo com a comunidade a que pertence, a escola deve considerar as práticas sócio-linguísticas.
Se a alfabetização se dá de uma maneira semelhante com o falado em casa sem dúvida será muito mais fácil, porém quem não tem esta vivência terá maior dificuldade mas não é impossível esta alfabetização a escola não pode desconsiderar o que a criança traz nem minimizar isto, deve passar para a criança que ela precisa aprender e falar um idioma dentro do seu próprio idioma.
Temos a consciência que as línguas são mutáveis e se alteram no tempo e no espaço, o idioma que hoje falamos não é o mesmo falado no séc XIX, por outro lado não poderíamos imaginar que palavras de uso comum e até mesmo gírias fizessem parte do dicionário. Sócio-linguística trabalha exatamente com a norma padrão, porém não se fixa em padrão culto. Não se deve privar o acesso a língua padrão, a escola tem de ser o espaço não para ensinar a língua correta, mais para garantir a que todos tenham acesso a ela.
Alfabetizar letrando é fazer a criança codificar, de codificar e o principal: entender. Hoje o conceito de letrado é: quem compreende o que lê. A escola tem de ampliar o poder da língua, não deve ficar resumida a forma de falar caseira mas trabalhar a partir daí. Aproveitar o cotidiano e ensinar a criança, as conversas servem como troca de experiência e são excelentes oportunidades de ser colocado em prática tudo aprendido.
Este vídeo mostra a importância dos pais no incentivo á leitura dos pequenos, mostra ainda como os pais podem em casa transformar a leitura em um hábito divertido.
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